O hidrogênio verde vem se consolidando como uma das alternativas mais promissoras no cenário da transição energética global. Segundo o especialista Pablo Said, essa fonte de energia limpa pode transformar significativamente a forma como produzimos e consumimos energia. Seu potencial para substituir combustíveis fósseis em diversas aplicações tem despertado o interesse de governos, empresas e pesquisadores ao redor do mundo.
Diante da urgência em reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas, o hidrogênio verde surge como uma solução estratégica. Produzido a partir de fontes renováveis, ele se destaca por ser versátil, abundante e livre de carbono em sua geração. Neste artigo, vamos entender como funciona essa tecnologia, quais são suas principais aplicações e o que ainda falta para que ela se torne amplamente adotada.
Veja mais, a seguir!
O que é o hidrogênio verde e como ele é produzido?
O hidrogênio verde é obtido através da eletrólise da água, um processo que separa o hidrogênio (H₂) do oxigênio (O₂) utilizando eletricidade gerada por fontes renováveis, como solar e eólica. Isso diferencia o hidrogênio verde dos demais tipos — como o cinza e o azul — que utilizam combustíveis fósseis em sua produção e, portanto, emitem CO₂. De acordo com Pablo Said, esse fator torna o hidrogênio verde uma solução realmente sustentável, ao contrário das alternativas com impacto ambiental negativo.
Além da eletrólise, novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para otimizar a eficiência do processo, reduzir custos e aumentar a escalabilidade da produção. Ainda há desafios logísticos e de infraestrutura, mas o avanço tecnológico tem permitido melhorias constantes. Conforme explica o conhecedor, o desenvolvimento de eletrolisadores mais eficientes é essencial para viabilizar economicamente essa fonte de energia em larga escala.

Quais são as principais aplicações do hidrogênio verde?
O hidrogênio verde pode ser utilizado em uma ampla gama de setores, desde a geração de eletricidade até a mobilidade urbana. Um de seus usos mais promissores é na indústria pesada, como na siderurgia e na produção de amônia, substituindo o carvão e o gás natural. Essas aplicações são estratégicas, pois representam parte significativa das emissões globais. Como destaca Pablo Said, o uso do hidrogênio verde nesses setores pode ser um divisor de águas na descarbonização da economia.
Outro campo em que o hidrogênio verde tem ganhado força é o dos transportes. Ele pode abastecer veículos leves, pesados e até aviões, com a vantagem de gerar apenas vapor de água como subproduto. A mobilidade baseada em hidrogênio oferece maior autonomia e tempo de recarga reduzido, especialmente útil em veículos de grande porte e longas distâncias. O entendedor ressalta que a transição para frotas movidas a hidrogênio é uma estratégia complementar aos veículos elétricos convencionais.
O hidrogênio verde é viável economicamente?
Apesar do grande potencial, o custo do hidrogênio verde ainda é um dos principais obstáculos para sua adoção em larga escala. A produção por eletrólise com fontes renováveis requer investimentos elevados e depende de uma infraestrutura robusta para armazenamento e distribuição. Segundo Pablo Said, o apoio governamental por meio de subsídios, incentivos fiscais e políticas públicas é fundamental para criar um ambiente favorável ao crescimento dessa tecnologia.
No entanto, com o avanço da tecnologia e a expansão das fontes renováveis, espera-se que o custo do hidrogênio verde caia significativamente nos próximos anos. Grandes empresas e países estão investindo em projetos-piloto e parcerias estratégicas para acelerar esse processo. A redução nos preços e o aumento da demanda podem tornar o hidrogênio verde competitivo com os combustíveis tradicionais ainda nesta década.
O hidrogênio verde representa uma alternativa viável, sustentável e versátil para enfrentar os desafios energéticos do século XXI. Com aplicações em setores estratégicos e potencial para zerar emissões de carbono, ele é visto como peça-chave na construção de uma economia de baixo carbono. Como demonstra Pablo Said, o hidrogênio verde pode, sim, ser a energia do futuro — desde que os investimentos em inovação e infraestrutura acompanhem seu desenvolvimento.
Autor: Semyon Kravtsov